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'Morreu por uma coisa fútil', diz irmã de jovem assassinado no ES

"Morreu por uma coisa fútil", diz irmã de jovem assassinado no ES

A universitária Bruna Costa, 29, ressaltou que a família ainda sofre com a perda traumática do jovem e espera por justiça

Publicado em 26 de setembro de 2018 às 18:37

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Fábio Silveira Costa foi assassinado junto com o amigo Matheus Mauad, no dia 24 de março de 2017. (Reprodução | Facebook)

A irmã do universitário Fábio Silveira Costa, de 23 anos, assassinado junto com o amigo, Matheus de Oliveira Mauad, 24, em março de 2017, no Bairro Cocal, em Vila Velha, relatou, em entrevista ao Gazeta Online, o alívio da família com o fim das apurações, que apontaram Gláucio Nunes da Silva, 30, como o autor do crime covarde e lamentou o motivo fútil que causou a morte dele.

A universitária Bruna Costa, 29, ressaltou que a família ainda sofre com a perda traumática do jovem e espera por justiça. 

Qual o sentimento de vocês com a conclusão desse inquérito?

A gente fica aliviado, pois ele foi preso, concluiu o inquérito, mas esse motivo fútil nos deixa muito mais tristes. Esse rapaz nem conhecia o meu irmão. A polícia falou sobre a motivação, disse que ele era usuário de drogas, estava drogado, essas coisas. Eu acho que como é uma coisa que não teve motivo, acabou demorando mais. Se fosse óbvio a polícia teria terminado mais rápido. Eles não tinham nenhum tipo de envolvimento com nada.

E como está sendo para a família desde a morte do Fábio?

A gente está sobrevivendo a cada dia, não é fácil. A minha mãe está tentando se reerguer e toda vez que assistimos sobre o caso na televisão, ficamos mal, e vem toda aquela situação na cabeça. A gente fica com medo até de andar na rua aqui no bairro, pois está perigoso.

E o que vocês esperam daqui para frente?

Eu espero que ele fique o resto da vida preso. Mas eu sei que isso não será possível, já que a gente sabe como são coisas aqui no Brasil.  

ACUSADO DE MATAR UNIVERSITÁRIOS TEM PRISÃO PREVENTIVA DECRETADA

A Polícia Civil, por meio da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Vila Velha, concluiu o inquérito que apurava o crime de homicídio contra os universitários Fábio e Matheus.

As investigações da polícia concluíram que Gláucio Nunes da Silva, conhecido como “Miguel”, 30 anos, foi o responsável pelo crime. Preso desde o dia 26 de julho deste ano, em cumprimento a um mandado de prisão temporária, ele foi indiciado por duplo homicídio qualificado, motivo fútil e sem possibilidade de defesa das vítimas. Segundo a polícia, Gláucio possui registros criminais por porte ilegal de arma de fogo, posse de drogas para uso pessoal e violência doméstica. 

Gláucio foi submetido a quatro interrogatórios durante as investigações, em cada um deles a versão apresentada foi diferente. No primeiro depoimento ele negou envolvimento no crime. Já no segundo informou que falaria apenas em juízo. No terceiro depoimento ele confessou autoria dos crimes e alegou como motivação o fato de estar sob o efeito de entorpecentes, fato que o fez acreditar estar sendo perseguido pelas vítimas. Já no último optou novamente por falar apenas em juízo.

"ERAM JOVENS TRABALHADORES", DIZ DELEGADO

Gláucio Nunes da Silva, vulgo "Miguel", 30 anos, é acusado de matar os universitários Matheus de Oliveira Mauad e Fábio Silveira Costa. (Divulgação)

Apesar de ter alegado, em um dos depoimentos, estar sob efeitos de entorpecentes quando cometeu o crime, Gláucio chegou a comentar com algumas pessoas ter cometido o crime por ciúmes de sua companheira, e que uma das vítimas teria passado a mão no cabelo dela durante uma festa que aconteceu na

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No entanto, a namorada do autor confirmou ter participado da festa, mas negou que alguém tenha passado a mão no cabelo dela. Ficou comprovado durante as  investigações que somente uma das vítimas esteve na festa, mas pessoas que o acompanhavam no evento negaram que ele tenha passado a mão no cabelo da namorada de Gláucio.

“Ambas as vítimas eram estudantes universitários, trabalhavam, praticavam esportes e não tinham envolvimento com drogas. Ou seja, nada que desabonasse a conduta deles”, disse o delegado delegado Ricardo Almeida, responsável pela DHPP de Vila Velha.

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Após a conclusão do inquérito o indiciado foi denunciado pelo Ministério Público e teve sua prisão preventiva decretada pela Juíza da 4ª Vara Criminal de Vila Velha.

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