Sete anos. Esse foi o tempo que uma estudante passou sendo abusada pelo próprio pai, um fiscal de patrimônio de 51 anos, dentro de casa, em Cariacica. Ele foi preso nesta quarta-feira (31) ao se apresentar na Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA).
A menina começou a sofrer estupros quando ela tinha apenas 7 anos de idade, mas os crimes só vieram à tona em setembro deste ano, depois que uma colega da escola da vítima, hoje com 14 anos, percebeu que a amiga estava se automutilando. A menina passou a se cortar e, ao ser questionada por representantes da escola avisados pela amiga, ela disse que se tratava de uma tentativa de colocar fim às lembranças tristes, contou o delegado Lorenzo Pazolini, titular da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA).
O pai já possuía condenação de 21 anos por ter cometido um assassinato, na Serra, em 1982. Ele permaneceu 8 anos preso e respondia o restante em liberdade.
Assim que a escola soube da situação, o Conselho Tutelar foi avisado e comunicou a DPCA. De imediato, o delegado solicitou que a menina fosse removida para um abrigo. Depois, durante as investigações, a polícia chegou ao suspeito e pediu a prisão pelo crime de estupro de vulnerável.
Ao perceber que estava sendo procurado, ele se apresentou à delegacia, onde foi dado cumprimento do mandado de prisão pelo crime de estupro de vulnerável. Em depoimento, o pai negou os crimes e disse ser servo de Deus, por isso jamais faria algo assim. Ele alegou desconhecer o motivo pelo qual a filha se cortava. O acusado foi encaminhado para o Centro de Triagem de Viana.
A polícia, agora, vai investigar se houve omissão por parte da mãe da menina. Vamos apurar a conduta da mãe, se ela sabia ou não da situação, observou Pazolini.
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