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Advogado e estudante são indiciados por mortes e racha na Terceira Ponte

Advogado e estudante são indiciados por mortes e racha na Terceira Ponte

Polícia Civil concluiu o inquérito nesta sexta-feira (31); casal que trafegava de moto na ponte morreu na hora da colisão

Publicado em 31 de maio de 2019 às 21:04

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Os motoristas Ivomar Rodrigues Gomes Junior e Oswaldo Venturini Neto foram indiciados pela Polícia Civil, cada um, por duplo homicídio com dolo eventual e por participar de corrida ou exibição em veículo automotor em via pública. As penas para os crimes, em caso de condenação, variam de seis meses a 20 anos de cadeia para cada um.

As informações fazem parte do inquérito, ao qual o Gazeta Online teve acesso com exclusividade. A investigação da participação deles no atropelamento e morte de um casal de namorados na Terceira Ponte foi concluída pela delegada Fabiane Alves Coutinho, nesta sexta-feira (31).

No relatório que encaminhou à Justiça, a delegada não tem dúvidas de que os dois motoristas fizeram uso de bebida alcoólica antes de conduzir seus veículos, atropelar e matar o casal Kelvin e Bruniely, no dia 22 de maio.

Tal conclusão, segundo ela, está ratificada pela comanda da boate onde dois estiveram antes do atropelamento, pelos depoimentos de policiais militares e também de testemunhas chaves que não terão os nomes divulgados pela reportagem por questão de segurança.

O estudante de Engenharia Oswaldo Venturini Neto, de 22 anos, e o advogado Ivomar Rodrigues Gomes Junior, de 34 anos, envolvidos em acidente com morte na Terceira Ponte. (Montagem)

Em depoimento, testemunhas contaram que viram os dois motoristas trafegando em velocidade incompatível com a via e em situação que caracterizava um “racha”. Segundo duas testemunhas, os veículos estavam em "altíssima velocidade e não pararam no cruzamento de uma avenida".

Além disso, uma das testemunhas informou que "a velocidade do carro de Ivomar era tão alta que fez com que o veículo conduzido por ele balançasse no momento que o carro de Ivomar passou". Ambas as testemunhas disseram, em depoimento, que a velocidade dos carros era de cerca de 150 km/h.

"Há provas inequívocas nos autos de que Ivomar e Oswaldo negligenciaram o fato de que haviam ingerido bebida alcoólica e conduziram seus veículos. Há, ainda, provas testemunhais suficientes para afirmar que Ivomar e Oswaldo conduziam seus veículos em situação de competição entre amigos, com velocidades incompatíveis para a via, gerando situação de risco à incolumidade pública ou privada" afirmou a delegada em trecho do inquérito.

A moto trafegava na faixa da direta na Terceira Ponte, onde, de acordo com o relatório policial, circulam veículos que estão em baixa velocidade. "Logo, não faria sentido Ivomar passar em alta velocidade com seu veículo Audi pela faixa da esquerda e mudar para a faixa da direita, senão para dar continuidade à competição iniciada com seu amigo Oswaldo desde a saída da boate", pondera a delegada.

Brunielly Oliveira e Kelvin Gonçalves morreram depois que tiveram a moto atingida na Terceira Ponte. (Facebook)

As investigações também revelaram que Ivomar e Oswaldo estiveram numa boate em Vitória, antes de seguir para a boate de Vila Velha.

"Dessa forma, verificamos que a farra alcoólica se iniciou por volta das 19h30, em Vitória, terminando por volta de 01h15, em Vila Velha. Nada ilegal se decidissem apenas se embriagar e assistir a show de streaptease, mas decidiram estender a farra conduzindo seus veículos automotores para fazer exibições de velocidade e perícia na condução, causando situação de risco, sem se preocupar com as consequências de seus atos", finalizou a delegada.

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