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'Ele não respeita o meu querer como mulher', diz vítima de agressão no ES

"Ele não respeita o meu querer como mulher", diz vítima de agressão no ES

Vítima, que foi atacada na frente do filho de 3 anos, contou que convive com a violência doméstica e já foi estuprada pelo marido

Publicado em 13 de maio de 2019 às 23:33

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As marcas da violência estão por todo o corpo da dona de casa de 40 anos, espancada e esfaqueada pelo marido, na noite de domingo, em São Torquato, Vila Velha. Saber que o suspeito foi preso, e ela espera que por um bom tempo, ameniza a dor causada pelo relacionamento de cinco anos, marcado por agressões, estupro e humilhações.

Como ele estava antes de te atacar?

Alterado já. Percebi isso. Ele bebe muito e ontem (domingo) bebeu mais ainda. Passou o dia se drogando dentro de casa, até pedi a ele para sair porque a fumaça fazia mal para o nosso bebê de três meses. Mas, ele ignorou. Estava aborrecido porque minha filha estava comigo.

Como assim?

É, ele estava incomodado porque minha filha, que tem 15 anos, veio passar o Dia das Mães comigo. Ela é fruto do meu primeiro casamento e mora em Cariacica. Ele não gosta que eu fale com meus filhos do outro casamento.

Como foi o momento em que ele te atacou?

Ele Foi direito no meu peito, senti uma pressão e achei que tinha me furado. Mas, Deus agiu naquela hora e a facada não foi funda. Depois, tentou me furar de novo. Como não conseguiu, começou a me bater e dar socos na minha cabeça.

Você tentou fugir?

Não tive como, ele trancou tudo e colocou um sofá na porta. Fez tudo de caso pensado.

Seus filhos viram tudo?

Tudo. O de 3 anos levantou chorando e gritava pedindo para o pai parar e ele correndo atrás de mim, com a faca. Foi um pesadelo. Fiquei com medo de matar o menino também.

Ele já tinha te batido antes?

Já, várias vezes. Estamos juntos há cinco anos e ele sempre foi violento.

Já tentou se separar?

Várias vezes. Já mandei ele embora, mas ele não vai. Se recusa. Já me mudei e ele foi atrás de mim, invadiu a minha casa. Diz sempre que vai mudar. Mas, dependo dele para algumas coisas.

Você trabalha?

Não. Me sustento com R$ 400 de auxílio do Bolsa Família, que uso para pagar o aluguel e algumas contas. Ele trabalha e divide algumas contas comigo. Por isso se acha no direito de viver aqui.

Que outro tipo de violência ele já praticou com você?

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Fez nosso filho mais novo, que hoje está com três meses, à força. Sei que isso é estupro. Eu não queria. Ele forçou. Não respeita o meu querer como mulher. Não sabe que não é não. Já sofri muito com isso. Mas, agora ele vai ficar preso e vou poder organizar a minha vida.

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