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Família de jovem morto pela PM em Cariacica leva vídeos à Corregedoria

Família de jovem morto pela PM em Cariacica leva vídeos à Corregedoria

A família de Chesley de Oliveira Trabach, de 18 anos, esteve nesta quinta-feira (30) na Corregedoria da Polícia Militar, em Maruípe, para prestar depoimentos e apresentar vídeos feitos por populares

Publicado em 30 de maio de 2019 às 15:56

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Protesto de moradores do bairro Mucuri, em Cariacica, interditaram completamente um trecho da Rodovia do Contorno. Chesley de Oliveira Trabach, de 18 anos. . (Reprodução/TV Gazeta)

A família de Chesley de Oliveira Trabach, de 18 anos, morto durante uma suposta perseguição policial na manhã do dia 7 de maio, no bairro Vila Independência, em Cariacica, esteve nesta quinta-feira (30) na Corregedoria da Polícia Militar, em Maruípe, para prestar depoimentos e apresentar vídeos feitos por populares. Os familiares afirmam que não houve perseguição policial e que os policiais socorreram o rapaz de forma errada.

A família de Chesley foi à Corregedoria da PM pela primeira vez depois da morte dele. A namorada do rapaz também conversou com a Polícia Militar e contou sobre o que aconteceu no dia em que ele foi morto a tiros. Segundo a polícia havia uma perseguição policial e foi nessa circunstância que o Chesley foi morto, mas a família contesta essa versão.

Família de jovem morto pela PM em Cariacica leva vídeos à Corregedoria -

O vídeo deixa claro que os policiais colocam o Chesley na parte de traz da viatura e os policiais dizem que era para socorrer o rapaz, mas a família diz que ele já estava morto. Na manhã desta quinta-feira (30), o pai da vítima Welton de Jesus Trabach esteve na Corregedoria, mas não foi ouvido porque, segundo ele, quando chegou ao local, o jovem já havia sido socorrido, mas ele pede justiça.

"A família quer justiça e a população quer respostas. A gente quer pode falar o que aconteceu, quem era o errado e quem era o certo. Os vídeos contam a viatura andando normal, sem nenhum tipo de perseguição, conta o fato do meu filho estar sozinho em cima de uma moto e conta a hora do acontecido e o horário do socorro dele, os policiais retirando ele do local, colocando daquela maneira bruta dentro da viatura e socorrendo ele da maneira incorreta", afirma o pai.

A namorada do Chesley disse como ela recebeu a notícia de que ele havia sido baleado e garante que quando chegou ao local, viu Chesley já sem vida, caído no chão.

"Eu estava dormindo e escutei um tiro, mas continuei dormindo. Escutei o meu cunhado entrando e falando para a minha irmã: 'Joice, o Chesley", foi a hora que eu me toquei, fui no portão e vi que ele estava caído no chão. Eu fui tentar me aproximar dele e na hora que eu consegui colocar a mão na cabeça dele, um policial me empurrou e aí pegaram ele, como um lixo, e colocaram dentro do camburão. E foi a parte mais difícil de ver, ele não estava mais vivo", afirma.

VEJA VÍDEO

O QUE DIZ A POLÍCIA MILITAR

A PM informa que a Corregedoria da Corporação instaurou um procedimento para apurar a ação como de praxe em qualquer ocorrência que envolva disparo de arma de fogo por parte dos militares e ressalta também que, sobre esse caso, até que surjam novos fatos que contraponham aqueles apurados na ação pericial, não implica na necessidade do afastamento dos policiais militares, que retornam às suas atividades operacionais.

O QUE DIZ A POLÍCIA CIVIL

A PC disse que o caso está sendo investigado pelo Serviço de Investigação Especial e o laudo pericial final realizado no corpo de Chesley confirmou a presença de pólvora nas mãos do jovem, porém o inquérito policial se baseia também em outros fatores que ainda estão sendo analisados e outras informações não serão passadas para não atrapalhar as investigações.

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Com informações de Dione Silva, da TV Gazeta

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