Seis pessoas já foram detidas e outras cinco são procuradas em uma operação coordenada pelo Departamento Especializado em Investigações Criminais (Deic) da Polícia Civil com apoio da Polícia Militar, que acontece na manhã desta segunda-feira (6) nas regiões de Itararé, Bairro da Penha e Consolação, em Vitória. O objetivo da operação, segundo fontes ouvidas pela reportagem do Gazeta Online, é a prisão de suspeitos que atacaram uma empresa que fornece alimentos para presídios, em Cariacica, no início do ano.
Moradores afirmam que helicópteros estão sobrevoando a região e também que ouviram barulho de tiros. Ao todo, são 11 mandados de prisão preventiva e 13 mandados de busca e apreensão por ataques em fevereiro deste ano a uma empresa que fornece alimentos para os presídios, em Cariacica, e a um coletivo, incendiado em Nova Almeida, em Serra.
Vídeo mostra ação policial
OS CASOS
Ataque em empresa de marmitas
Uma empresa de alimentação, que produz marmitas para presídios da Grande Vitória, foi alvo de criminosos no dia 17 de fevereiro, em Itacibá, Cariacica.
De acordo com a Polícia Militar, os bandidos chegaram a jogar gasolina e atear fogo no local. As chamas foram controladas pelos funcionários.
Os criminosos deixaram um bilhete reclamando que, caso a qualidade da comida não melhore, eles iriam retornar ao local.
"Se não melhorar alimentação dos presídios vai ter vítima fatal. Isso é só uma demonstração de tudo que está pra acontecer caso não melhore", dizia o bilhete.
Ônibus incendiado
Um ônibus foi incendiado na ES 010, em Nova Almeida, na Serra, ao voltar para a garagem no dia 20 de fevereiro. O Transcol da linha 806 foi parado por bandidos, que ordenaram que motorista e trocador saíssem do coletivo. Eles atearam fogo ao veículo, fizeram disparos com arma, e ainda deixaram um bilhete com ameaças e a assinatura da organização criminosa PCV, que é o Primeiro Comando de Vitória, facção que domina o tráfico de drogas no Complexo da Penha, na Capital.
"Essa é mais uma pequena demonstração da nossa revolta com o sistema prisional. Estamos cansados de ser tratado como animais. Caso esse esculacho, essa opressão não acabar nos presídios capixabas, as coisas podem piorar. Se tiver desacreditando só pagar pra ver".
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