Imagens feitas por vizinhos flagraram o ajudante de pedreiro, identificado como Adilcimar Ribeiro dos Santos, de 42 anos, dando banho na filha de dois meses durante o cárcere, no terraço da casa onde mora, em Resistência, Vitória. O homem mantém a bebê refém desde às 1 hora da madrugada deste domingo (28). O crime chamou a atenção da população que se reuniu na frente da residência para aguardar o desfecho do caso que completa 13 horas de aflição.
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NEGOCIAÇÕES
Às 17h18, as informações sobre a negociação dão conta de que o homem começou a dialogar mais com a Polícia Militar, mas ainda há muita resistência e nenhum sinal de que ele queira se entregar. A PM intensifica o trabalho de negociação.
Segundo a reportagem apurou, o ajudante de pedreiro já afirmou à polícia que é evangélico e diz conhecer a palavra de Deus. Os negociadores da polícia devem utilizar argumentos relacionado ao assunto para tentar fazê-lo se entregar.
DISCUSSÃO ENTRE O CASAL
A mãe da criança, Lucimara Pereira Falcão, uma dona de casa, de 44 anos, conversou com o Gazeta Online e contou que tudo começou com uma briga na noite deste sábado (27). Segundo ela, o esposo teria ficado nervoso após ela ter saído de casa para ir na residência da irmã e, depois, na residência do cunhado. Nesse trajeto, Lucimara viu o marido, mas o cumprimentou apenas de longe. Segundo ela, o esposo entendeu que ela teria o ignorado.
Durante uma discussão, a dona de casa teria tentado se explicar, mas Adilcimar não deu ouvidos e saiu de casa. Por volta de meia noite, quando retornou ao local, o ajudante de pedreiro estava visivelmente alterado, segundo Lucimara. Ela contou que ele voltou a discutir e, nesta segunda briga, a mulher disse que não queria continuar com o relacionamento.
Foi nesse momento que o pedreiro pegou uma faca e disse à Lucimara que se ela o abandonasse, ele mataria a filha do casal e depois se mataria.
Com medo da reação do marido, Lucimara pediu que sua filha de nove anos deixasse o local. Segundo ela, o esposo fez muitas ameaças ao bebê e depois saiu com a criança no colo pelo bairro. Quando Adicilmar voltou à residência, ele não permitiu que a esposa entrasse na casa.
Despedida
Lucimara contou que enquanto segurava uma faca, Adilcimar pediu que as duas filhas da dona de casa, uma de nove anos e a outra de 20, beijassem a bebê para se despedirem da criança. A irmã mais velha foi até o local depois que a irmã mais nova foi até a casa dela chamá-la para ajudar com a situação.
A jovem de 20 anos se recusou a obedecer a ordem do padrasto, mas ele insistiu e aproximou o rostinho da bebê na grade. Nesse momento, a irmã mais velha se aproximou, tentou pegar a faca do ajudante de pedreiro, mas ele puxou a arma e ela acabou ferida.
Lucimara relata ainda que depois dessa situação, o ajudante de pedreiro subiu para o terraço da residência ainda com a bebê no colo e ameaçou jogá-la. Adilcimar chegou a pendurar a menina pelo pé. Comovidos, moradores da rua se mobilizaram e colocaram colchonetes e travesseiros na calçada da casa.
Uma equipe da Polícia Militar, da Companhia Independente de Missões Especiais (Cimesp) e uma ambulância do Samu estão no local acompanhando a ocorrência. A Polícia Militar segue em negociação com o criminoso.
Alimentação
A última alimentação da bebê, de dois meses, tinha sido na noite deste sábado (27). Após passar a madrugada inteira com fome, os negociadores da polícia conseguiram convencer o pai de alimentar o bebê com uma mamadeira na manhã deste domingo (28). A própria mãe da criança fez a retirada do leite, colocou no recipiente e um dos negociadores fez a entrega ao Adilcimar.
Até as 10h30 deste domingo (28), a situação permanecia a mesma no local. Enquanto a polícia negocia com o pai da criança, vizinhos se reuniram na frente da casa para acompanhar o desfecho do caso que mobilizou todo o bairro. Já por volta de 11h10, a polícia afastou a população porque o barulho estava atrapalhando a negociação com o pai da criança.
No início da tarde, mais uma mamadeira foi entregue ao pai da criança para alimentar a bebê. Segundo a família, a negociação continua e nenhuma informação foi passada pela polícia.
O trabalho de negociação acontece de forma sigilosa.
(Mais informações em instantes)
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