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Crime contra idosa que deixou bilhete antes de morrer no ES segue impune

Crime contra idosa que deixou bilhete antes de morrer no ES segue impune

Segundo a polícia, Maria do Carmo Cecco foi roubada e assassinada a facadas pelo vizinho Flávio Loureiro. Um ano depois, suspeito segue foragido

Publicado em 26 de agosto de 2019 às 19:29

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(Gazeta Online)

Há um ano e cinco meses, uma família de Colatina, região Noroeste do Espírito Santo, sofre com a impunidade. Isso porque a idosa Maria do Carmo Cecco, de 63 anos, foi roubada e assassinada a facadas em 17 de março do ano passado, em sua casa, no bairro 15 de outubro.

Antes de morrer, a vítima escreveu um bilhete e apontou o suspeito pelo crime: o vizinho Flávio Loureiro. Mesmo identificado pela polícia, o acusado conseguiu fugir e ainda não foi detido.

Morando na Itália, um filho da vítima vem ao Brasil de tempos em tempos visitar os familiares. E toda vez que ele vem, a saudade da mãe aperta. "É um vazio imenso porque ela sempre esteve presente ao nosso lado. Eu venho para Colatina, mas sempre com o coração apertado. A saudade só aumenta", lamentou. Com medo, ele pediu para não ser identificado.

Mas, para o filho de Maria do Carmo, o pior é ver que o crime ainda não teve Justiça.

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A dor da impunidade é o pior sentimento. É triste saber que ela não está mais aqui e a pessoa que cometeu essa atrocidade continua livre, gozando da liberdade, e ainda não está respondendo pelo crime bárbaro que cometeu

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INVESTIGAÇÕES

Mesmo de longe, o familiar contou que acompanha as investigações e sempre procura a Polícia Civil quando está em Colatina. "Quando venho ao Brasil, vejo que a polícia tem feito um bom trabalho, é sempre muito prestativa e tem nos dado apoio. Mas, infelizmente, o suspeito ainda não foi encontrado", reclama.

Para ver o acusado pelo crime atrás das grades, o filho da vítima pede a ajuda da população. 

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Pelo que a polícia tem nos passado, tudo indica que ele possa estar na Grande Vitória. Então, o que a gente espera é o apoio da sociedade para que, se ele for encontrado, entrarem em contato com a polícia pra que ele seja capturado e responda pelo crime

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O TRABALHO DA POLÍCIA

Flávio Loureiro, apontado pela polícia como autor do assassinato de uma idosa em Colatina. (Polícia Civil | Divulgação)

O delegado João Seidel, responsável pelas investigações, informou que buscas foram realizadas em Santa Teresa e na região de Colatina na época do crime, mas Flávio não foi encontrado. "Há informações de que ele estaria escondido na Grande Vitória e teria sido visto na região da Serra. Até encaminhamos policiais para o local, mas ele não foi encontrado", explicou.

Seidel também pede a ajuda dos moradores da região para que o suspeito seja encontrado. "A gente pede a colaboração da sociedade para que nos apresente qualquer novidade pelo Ciodes 190 ou pelo Disque-Denúncia 181", ressaltou.

Em nota, a Polícia Civil destacou que inquérito policial foi concluído e relatado a Justiça. “O mandado de prisão está em aberto e qualquer agência de segurança pode cumprir as prisões, a partir da expedição dos mandados pelo Judiciário”, conclui a nota.

O CRIME

Na ocasião, a Polícia Civil informou que, no dia 17 de março de 2018, Flávio invadiu a casa de Maria do Carmo. O suspeito era vizinho da vítima, morava na casa de uma avó dele. O acusado desconfiou que a idosa guardava dinheiro em casa, pois ela chegou a morar na Itália por quatro anos, ou então ele acreditava que ela recebia alguma quantia dos filhos, que moram no país europeu.

Segundo as investigações, foram levados cerca de 600 euros da residência de Maria do Carmo. Além de levar o dinheiro, Flávio é suspeito de ter esfaqueado a vítima. Mesmo ensanguentada e ferida no pescoço, ela conseguiu escrever um bilhete apontando o vizinho como autor do crime. “Foi neto Melissa roubou”, diz o recado escrito a caneta em uma folha de caderno, suja com sangue. A vítima foi socorrida e levada a um hospital, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.

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Ainda de acordo com a Polícia Civil, o criminoso trabalhava em uma empresa de concretagem em Colatina. À polícia, a avó do acusado disse que o neto avisou, no dia seguinte ao crime, que tinha trabalhado e que iria para a Serra passar o fim de semana na casa da namorada. Investigações da PC, no entanto, apontam Flávio não compareceu à empresa em que trabalha no dia do latrocínio.

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