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Linhares: juíza determina que vereadora acusada de rachid seja solta

Linhares: juíza determina que vereadora acusada de rachid seja solta

Após quatro dias presa em Colatina, Rosinha Guerreira conseguiu o direito de responder o processo em liberdade

Publicado em 2 de março de 2018 às 20:57

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Vereadora Rosinha Guerreira presa por acusação de prática de "rachid". (Divulgação/Câmara de Linhares)

A Justiça autorizou nesta sexta-feira (2) a soltura da vereadora Rosa Ivânia Euzébio dos Santos (PSDC), a Rosinha Guerreira, que está presa desde a última segunda-feira (26) acusada de rachid, que é quando um político se apropria de uma parte do salário que seria pago ao servidor contratado por ele. 

De acordo com a Secretaria de Estado de Justiça (Sejus), a parlamentar ainda está no Centro Prisional Feminino de Colatina.

A prisão dela fez parte da operação "Salário Amigo", realizada pelo Ministério Público Estadual (MPES). Além da prisão preventiva da vereadora, foram realizadas 12 conduções coercitivas de servidoes do gabinete da parlamentar, além de cumprir mandados de busca e apreensão de computadores e documentos.

No alvará de soltura, a juíza Patrícia Plaisant Duarte entendeu que a prisão não seria mais necessária, por já ter ocorrido a conclusão do inquérito policial e oferecimento da denúncia. Ela também afirmou que já existem indícios de autoria e materialidade da conduta da vereadora, pois "testemunhas narraram de forma coesa e harmônica a dinâmica dos fatos e há documentação, sobretudo a confissão da ré".

O advogado Cleylton Mendes, responsável pela defesa da parlamentar, informou que a vereadora poderá ser solta nos próximos dias. "Pode ser que ela saia hoje (sexta) ou amanhã (sábado). Depende da questão burocrática interna da polícia e do sistema carcerário."

Cleylton disse que o processo e a investigação continuam, mas, até o momento, não sabe por qual crime Rosinha será denunciada. "O processo está em sigilo extremo. A gente não consegue saber o motivo. A prática de 'rachid' pode envolver peculato, concussão ou corrupção ativa."

No depoimento que prestou após ser presa, Rosinha disse que usava esse dinheiro comprando medicamentos, cestas básicas e ajudando a população, de acordo com seu advogado.

Proibições

A juíza também determinou que enquanto correr o processo a vereadora fica proibida de se ausentar da comarca de Linhares sem autorização judicial, deve estar em recolhimento domiciliar de 22h às 05h e proibida de frequentar bares, prostíbulos, casas de jogos e locais onde haja consumo de bebidas alcoólicas. Caso haja desrespeito, será decretada nova prisão preventiva.

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O MPES também pediu o afastamento da vereadora do cargo e o bloqueio dos bens, mas ainda aguarda a decisão da Justiça.

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