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Manato desmente Solidariedade, nega saída e diz estar 'conversando' sobre Bolsonaro

Manato desmente Solidariedade, nega saída e diz estar "conversando" sobre Bolsonaro

Deputado nega troca de partido e afirma que quer coordenar a campanha de Bolsonaro no Estado

Publicado em 9 de março de 2018 às 14:30

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O deputado federal Carlos Manato. ( Arquivo)

O deputado federal Carlos Manato (SDD), em entrevista ao Gazeta Online na manhã desta sexta-feira (9), desmentiu seu partido, o Solidariedade, e negou sua saída da sigla no primeiro dia de janela partidária - que permite aos parlamentares mudarem de legenda sem o risco de perder o mandato por infidelidade. O período para a troca começou nesta quinta-feira (8) e segue até o dia 6 de abril.

Nesta sexta-feira (9), o site de notícias G1 divulgou um levantamento feito junto aos 22 dos 25 partidos com representação na Câmara dos Deputados para saber quantos parlamentares trocaram de sigla no primeiro dia da janela partidária. A lista mostra que 15 deputados federais no país - sendo dois do Espírito Santo - aproveitaram a oportunidade de troca sem punição.

Segundo os dados informados pelos partidos ao G1, Givaldo Vieira (ex-PT) agora faz parte do PCdoB e Manato migrou para o PSL - o que o deputado nega.

O PSL é o mesmo partido ao qual se filiou o deputado Jair Bolsonaro (RJ) na quarta-feira (7), quando também se lançou pré-candidato à Presidência da República. Manato, inclusive, esteve presente no evento público de filiação de Bolsonaro ao partido presidido pelo deputado Luciano Bivar (PE).

Ao Gazeta Online, Manato afirmou desconhecer a informação de sua saída do Solidariedade divulgada pelo partido ao G1. Ele disse que, mesmo filiado ao SDD, pretende coordenar no Estado a campanha eleitoral de Bolsonaro.

“Eu não saí do Solidariedade. Estou aqui no gabinete recebendo todo mundo do partido. Estamos conversando para ver se consigo conciliar e coordenar a campanha de Bolsonaro no Espírito Santo. Está tendo muita conversação. Seu eu sair do partido, vou comunicar”, disse o parlamentar.

Entretanto, afirmou que há negociação para coligação dos partidos para a campanha eleitoral e também para sua filiação ao PSL.

“Vou conversar com Paulinho da Força, presidente do Solidariedade. Tem um grupo de deputados ligado a Jair Bolsonaro que está tentando fazer a coligação. As coisas estão acontecendo. Tem conversa, tem negociação. Tenho até o dia 30 de março para decidir minha filiação”, disse Manato.

No início da semana, Manato também foi procurado por A GAZETA, mas informou que ainda não estava com a decisão tomada sobre a troca de partido.

SAÍDA

Já Givaldo disse à coluna Praça Oito, na quarta-feira (7), que saiu do PT porque o partido adotou uma "linha política equivocada" no Estado.

"É uma linha política equivocada, que levou a um atrelamento do PT ao governo Paulo Hartung (PMDB), um governo retrógrado que promove arrocho social, portanto incompatível com o que pensa e prega o PT. Acrescento a isso a eleição que tivemos no PT, resolvida de forma equivocada. Isso criou para mim uma falta de ambiente interno para continuar atuando dentro do PT do Espírito Santo", disse o deputado ao colunista Vitor Vogas.

Givaldo também postou um comunicado em sua página no Facebook comunicando a decisão.

O deputado Givaldo Vieira: troca o PT pelo PCdoB. (Rodrigo Pertoti/Agência Câmara)

No ano passado, a chapa do deputado perdeu a eleição da direção estadual da legenda para o grupo de Coser e creditou o resultado a "assédios e pressões" sobre os delegados votantes.

Nesta quarta-feira, o atual presidente do PT no Estado, João Coser, divulgou nota em que afirma lamentar, mas respeitar a decisão de Givaldo. Coser também destacou, no texto, "a importância da união de seus dirigentes, filiados e militantes, e o fortalecimento do partido na atual conjuntura nacional".

OUTRAS TROCAS

Segundo levantamento de A GAZETA, outras três mudanças partidárias já estão confirmadas no Estado. O ex-prefeito de Vitória Luiz Paulo Vellozo Lucas deixou o PSDB para entrar no PPS. O deputado estadual Josias da Vitória saiu do PDT também para se filiar ao PPS. E o ex-prefeito de Colatina Leonardo Deptulski, ex-PT desde fevereiro de 2017, filiou-se ao PDT.

NO PAÍS

Segundo o levantamento do G1 feito com 22 dos 25 partidos na Câmara e divulgado nesta sexta-feira, 15 deputados trocaram de legenda: 8 migraram para o PSL; 4 para o DEM; 1 para o PT; 1 para o PCdoB; e 1 para o Pros. Os outros 17 partidos com representação na Câmara informaram ao G1 que não tiveram nenhuma filiação nesta quinta. O PRP não respondeu ao G1, que também não conseguiu contato com PEN e PHS.

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Nos bastidores, o entendimento é que, embora algumas mudanças já tenham sido divulgadas, as negociações sobre tempo de TV e recursos para campanha ainda estão em curso e, por isso, as trocas devem acontecer a medida que esses acordos forem fechados.

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