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Ex-controlador da Câmara da Serra é proibido de se aproximar da Casa

Ex-controlador da Câmara da Serra é proibido de se aproximar da Casa

A nova determinação da 2ª Vara Criminal da Serra também mantém o afastamento da vereadora Neidia Pimentel (PSD)

Publicado em 24 de abril de 2018 às 20:35

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Neidia Pimentel (PSD) foi afastada e o presidente da Câmara agora é Rodrigo Caldeira (Rede). (Tom Paparazzy )

Por determinação da Justiça, o ex-controlador da Câmara Municipal da Serra Flávio Serri (PSD) não poderá mais se aproximar da Casa e de vereadores e terá que manter uma distância mínima de 500 metros do local, sob o risco de ser preso em caso de descumprimento da ordem.

De acordo com a decisão da juíza Letícia Maria Saúde, da 2º Vara Criminal da Serra, além de ser investigado com a vereadora afastada Neidia Pimentel (PSD) pela prática de rachid, envolvendo a contratação de servidores fantasmas para a Câmara, Serri é acusado por uma das testemunhas do processo - que é sua prima e ex-servidora da Casa - de fazer ameaças e intimidações para que ela mudasse seu testemunho.

Por essa razão, ele também não poderá se aproximar de qualquer testemunha e deverá assinar um termo de compromisso no prazo de dez dias. Serri também está impedido de se ausentar da Grande Vitória.

A juíza Letícia Maria Saúde é a mesma que, em meados de março deste ano, afastou Neidia Pimentel provisoriamente de suas funções como vereadora e como presidente da Câmara, devido às investigações da quais é alvo.

SIGILO

Nesta nova decisão, a juíza, além de derrubar o sigilo do processo, manteve o afastamento de Neidia. Mas a medida não tem impacto direto sob a Câmara da Serra já que, desde o dia 12 de abril, a 4ª Câmara do Tribunal de Justiça do Estado (TJES) já havia decidido que o atual presidente da Casa, Rodrigo Caldeira (Rede), se manterá no posto até dezembro de 2018. A cadeira de Neidia também já foi assumida pelo suplente de vereador Fábio de Souza Rosa.

AMEAÇA

Embora deixe claro que o assunto não faz parte do processo que tramita na Justiça Criminal, a juíza também menciona na decisão um registro de ameaça feito por Rodrigo Caldeira em relação a Flavio Serri. Segundo o redista, que chegou a registrar um boletim de ocorrência no final de março, Serri teria enviado mensagens suspeitas.

“Ele fez uma fala por mensagem e, uns três ou quatro dias depois, vi dois carros atrás de mim. No outro dia cedo, havia um carro parado na minha porta. Eu me senti ameaçado. Mas só quis me resguardar e fiz um boletim de ocorrência. Eu senti que não foi uma fala legal”, conta Caldeira.

Segundo ele, a Câmara vem trabalhando normalmente. “A decisão só manteve o que já havia sido dito pelo TJES. Já era uma decisão esperada”, diz.

O OUTRO LADO

Apesar de receber a notícia com “tranquilidade” e dizer que há meses já não frequenta a Câmara da Serra, o ex-controlador da Casa Flávio Serri afirma ser inocente quanto às acusações de ameaça e de intimidação feitas tanto por sua prima quanto por Rodrigo Caldeira.

No entanto, Flávio explica que, como sua tia (mãe da testemunha) possui problemas de saúde, ele ia até a casa dela para ajudá-la a conseguir remédios. “A mãe dela pedia para eu ir lá”, diz.

Já em relação à Caldeira, ele afirma: “Ele tem uma ganância de permanecer no cargo. Eu não estava nem na Serra no dia em que ele diz ter visto o carro, estava em Guarapari e tenho testemunhas”.

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