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Vereadores acusam Audifax de calúnia e prefeito pede segurança

Vereadores acusam Audifax de calúnia e prefeito pede segurança

Um boletim de ocorrência foi registrado por dez vereadores após o vazamento de um áudio em que Audifax os acusa de tentar "assaltar" o Executivo. Já o prefeito afirma que, em função do movimento na Câmara, pediu segurança pessoal ao governador

Publicado em 29 de março de 2019 às 00:48

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Vereadores da Serra registram boletim de ocorrência contra o prefeito Audifax Barcelos (Rede). (Rodrigo Merlo)

O clima de tensão entre o Executivo e o Legislativo na Serra ganhou um novo capítulo na tarde desta quinta-feira (28), quando um grupo de dez vereadores - incluindo presidente da Câmara, Rodrigo Caldeira (Rede) - registrou um boletim de ocorrência no qual acusam o prefeito Audifax Barcelos (Rede) e o vereador Fabio Duarte (PDT) de caluniá-los, atribuindo aos parlamentares fatos criminosos.

Enquanto isso, o prefeito afirma que já solicitou, ao governador Renato Casagrande (PSB), segurança pessoal por se sentir ameaçado e sustenta que os vereadores têm feito manobras com o objetivo de desestabilizar seu governo.

A denúncia dos vereadores tem como base um áudio que teria sido gravado durante uma reunião entre Audifax, Fabio Duarte, lideranças comunitárias e empresários. No áudio, ao qual o Gazeta Online teve acesso, Audifax diz que o grupo não tem “escrúpulos” e que tem a intenção de afastá-lo do cargo com a abertura da CPI da Saúde, criada na última semana para investigar supostos desvios de dinheiro e outros crimes na Saúde da Serra.

“Por mim, podem abrir quantas CPIs quiserem, eu não vou nunca impedir de abrir CPI. Bom, como eles viram o que eu podia fazer para resolver o problema, eles fizeram um movimento mais forte, movimento sem nenhum compromisso republicano, um movimento sem escrúpulo, vou repetir e usar essa palavra mesmo, um movimento sem escrúpulo, com o objetivo de assaltar o Poder Executivo”, disse Audifax. No áudio, Fabio Duarte também diz que a intenção do grupo é “extorquir” o Executivo.

Rodrigo Caldeira afirma que a denúncia à Polícia Civil foi feita pois acredita que a intenção do prefeito é denegrir a imagem dos parlamentares. “Nós estamos no processo de CPI e estamos nos sentindo ameaçados, coagidos. Como agentes públicos, estamos tomando as medidas cabíveis." E continua: “Vejo e creio que essa pressão é para tentar nos calar. Ele não vai nos calar”.

Além de Caldeira, fazem parte do grupo de denunciantes vereadores Pastor Ailton (PSC), Nacib Haddad (PDT), Aécio Leite (PT), Cleusa Paixão (PMN), Fabão da Habitação (PDT), Quélcia (PSC), Adilson de Novo Porto Canoa (PSL), Wellington Alemão (DEM) e Geraldinho Feu Rosa (PSB). Este último é investigado pelo Ministério Público Estadual por suposta prática de rachid na Câmara

PEDIDO DE SEGURANÇA

Em nota, no entanto, Audifax Barcelos também demonstra se sentir ameaçado diante da situação. Assim como registra o áudio, ele reafirma que solicitou ao governador que lhe forneça segurança pessoal. Audifax também confirma que se reuniu com lideranças da sociedade civil organizada “a fim de relatar a gravidade da situação que envolve a Câmara da Serra”.

O prefeito ressalta que o grupo de vereadores faz manobras para destabilizar a administração municipal e afirma que procurou órgãos como Polícia Federal, Tribunal de Contas, Polícia Civil e Ministério Público para relatar os fatos. No áudio, ele afirma o mesmo.

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Já Fabio Duarte afirma que os vereadores estão descontentes por ele se negar a fazer parte do grupo contra Audifax. Segundo Duarte, tudo começou com a chegada de uma parceria público privada na Serra para a realização do serviço de limpeza urbana, a PPP do Lixo, que ainda não foi aprovada e sobre a qual os vereadores teriam a intenção de controlar. “Isso é ruim para a cidade”, defense-se Duarte.

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