As mais recentes tuitadas do vereador Carlos Bolsonaro (PSC) foram capazes de gerar um novo "climão" no Palácio do Planalto. O alvo da vez da metralhadora giratória do 02 do presidente Jair Bolsonaro (PSL) é o vice-presidente, general Hamilton Mourão (PRTB).
A confusão começou no sábado (20), quando o canal oficial do presidente publicou vídeo do astrólogo Olavo de Carvalho com críticas a aliados do presidente, sobretudo os militares: "só cabelo pintado e voz impostada".
É Carlos Bolsonaro quem cuida das redes sociais do pai. Ele, inclusive, reproduziu o vídeo em seu perfil no Twitter. A publicação repercutiu mal, e o vídeo foi apagado.
Depois da repercussão, no domingo (21), Carlos usou a rede social para dizer que começaria uma "nova fase em sua vida". A mensagem também era carregada de indiretas a pessoas do entorno do pai.
Bolsonaro até tentou encerrar o princípio de confusão, com alfinetada em Olavo, na segunda-feira (22). Mas o filho do presidente voltou à carga no Twitter, na terça-feira (23). Foram ao menos cinco ataques diretos ao vice-presidente neste dia.
Em um deles, criticou o fato de Mourão ter aceitado convite para palestrar nos EUA. O problema eram os termos do convite, que apresentou o vice como alguém que "emergiu como uma voz de razão e moderação" em governo cujos 100 primeiros dias foram "marcados por paralisia política".
Também foi criticada pelo vereador uma declaração do vice sobre a população da Venezuela precisar estar desarmada porque uma guerra civil "seria horrível para o hemisfério como um todo".
Sem citar que a declaração era de cinco dias depois do atentado contra Jair Bolsonaro, na campanha eleitoral, Carlos Bolsonaro tuitou que Mourão acusava o então líder da chapa de vitimização. Na verdade, o general estava pedindo para que a campanha de Bolsonaro não explorasse o atentado politicamente.
Quase no fim da terça-feira, depois das 23 horas, até o fato de Hamilton Mourão não querer comentar a decisão do Superior Tribunal de Justiça que manteve a condenação de Lula, mas reduziu a pena do petista, entrou no radar do 02.
Na quarta-feira (24), Carlos Bolsonaro continuou com a pressão ao resgatar entrevista de Mourão, na qual o vice disse que o país poderia proteger o ex-deputado Jean Wyllys (PSOL), que deixou o Brasil após ameaças.
Carlos continuou a mensagem dizendo que não está atacando, mas publicando "apenas informações".
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