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A metralhadora de Carlos Bolsonaro contra Hamilton Mourão

A metralhadora de Carlos Bolsonaro contra Hamilton Mourão

Declarações do filho do presidente Jair Bolsonaro nas redes sociais geraram novo problema no Palácio do Planalto. Veja as principais postagens dos últimos dias

Publicado em 25 de abril de 2019 às 21:21

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As mais recentes tuitadas do vereador Carlos Bolsonaro (PSC) foram capazes de gerar um novo "climão" no Palácio do Planalto. O alvo da vez da metralhadora giratória do 02 do presidente Jair Bolsonaro (PSL) é o vice-presidente, general Hamilton Mourão (PRTB).

A confusão começou no sábado (20), quando o canal oficial do presidente publicou vídeo do astrólogo Olavo de Carvalho com críticas a aliados do presidente, sobretudo os militares: "só cabelo pintado e voz impostada". 

É Carlos Bolsonaro quem cuida das redes sociais do pai. Ele, inclusive, reproduziu o vídeo em seu perfil no Twitter. A publicação repercutiu mal, e o vídeo foi apagado.

Depois da repercussão, no domingo (21), Carlos usou a rede social para dizer que começaria uma "nova fase em sua vida". A mensagem também era carregada de indiretas a pessoas do entorno do pai.

Bolsonaro até tentou encerrar o princípio de confusão, com alfinetada em Olavo, na segunda-feira (22). Mas o filho do presidente voltou à carga no Twitter, na terça-feira (23). Foram ao menos cinco ataques diretos ao vice-presidente neste dia.

Em um deles, criticou o fato de Mourão ter aceitado convite para palestrar nos EUA. O problema eram os termos do convite, que apresentou o vice como alguém que "emergiu como uma voz de razão e moderação" em governo cujos 100 primeiros dias foram "marcados por paralisia política".

Também foi criticada pelo vereador uma declaração do vice sobre a população da Venezuela precisar estar desarmada porque uma guerra civil "seria horrível para o hemisfério como um todo".

Sem citar que a declaração era de cinco dias depois do atentado contra Jair Bolsonaro, na campanha eleitoral, Carlos Bolsonaro tuitou que Mourão acusava o então líder da chapa de vitimização. Na verdade, o general estava pedindo para que a campanha de Bolsonaro não explorasse o atentado politicamente.

Quase no fim da terça-feira, depois das 23 horas, até o fato de Hamilton Mourão não querer comentar a decisão do Superior Tribunal de Justiça que manteve a condenação de Lula, mas reduziu a pena do petista, entrou no radar do 02.

Na quarta-feira (24), Carlos Bolsonaro continuou com a pressão ao resgatar entrevista de Mourão, na qual o vice disse que o país poderia proteger o ex-deputado Jean Wyllys (PSOL), que deixou o Brasil após ameaças.

Carlos continuou a mensagem dizendo que não está atacando, mas publicando "apenas informações".

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