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Rio Doce é monitorado após rompimento de mineroduto em MG

Rio Doce é monitorado após rompimento de mineroduto em MG

O vazamento do mineroduto atingiu o córrego Santo Antônio, que é um subafluente do Rio Doce

Publicado em 13 de março de 2018 às 21:58

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Tubulação de mineroduto rompeu nesta segunda-feira (12), em Santo Antônio do Grama, em Minas Gerais. (TV Globo)

O Rio Doce está sendo monitorado após o rompimento de um mineroduto na cidade de Santo Antônio do Grama, em Minas Gerais. A Anglo American, empresa responsável por transportar minério de ferro pela tubulação, informou, nesta terça-feira (13), que está monitorando a qualidade da água em 30 pontos, incluindo o Rio Casca e a confluência com o Rio Doce. No total, 300 toneladas de polpa de minério vazaram no meio ambiente.

Segundo a Anglo American, a polpa que vazou é o produto final do processo produtivo da empresa. Ela é composta de 70% de minério de ferro e 30% de água. A água é usada para facilitar o escoamento do produto que é transportado até o Porto de Açu, no Rio de Janeiro. Ainda de acordo com a Anglo American, o material não é rejeito, classificado pelas normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) como resíduo “não perigoso”.

A empresa ainda informou que o vazamento durou aproximadamente 25 minutos, seguido por despejo apenas de água por cerca de 11 horas até o duto ser estancado. Filtros foram implantados ao longo do córrego Santo Antônio para conter os sedimentos. A Anglo American comunicou que não há percepção de pluma de sedimentos no Rio Casca. A pluma é observada apenas no córrego Santo Antônio.

VEJA VÍDEO DO ROMPIMENTO

FISCALIZAÇÃO

A Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Espírito SAnto(Seama) informou, nesta segunda-feira (12), que o caso está sendo averiguado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Questionado sobre o trabalho desenvolvido pelo Ibama-ES, o Núcleo de Licenciamento informou que a fiscalização está sendo realizada pelos profissionais do Ibama de Brasília. Por sua vez, o instituto em Brasília informou, por meio de nota, que equipes do Núcleo de Emergências Ambientais realizaram vistoria e sobrevoo na região afetada pelo vazamento.

A estimativa inicial, segundo o Ibama, é que o vazamento atingiu 250 metros cúbicos. O material denso ficou depositado no Ribeirão Santo Antônio do Grama, onde a empresa instalou barreiras mecânicas. Material em suspensão chegou diluído ao Rio Casca. De acordo com o Instituto, não foi verificada morte de animais até o momento. A empresa instalou no local um posto de comando para operacionalizar as ações e divulgar informações.

“A Anglo American será notificada nesta terça-feira pelas equipes que estão em campo e deverá apresentar, entre outras informações, as causas do vazamento, a composição do produto, a extensão do dano, as medidas para garantir o abastecimento de água nas comunidades afetadas, o plano de retirada do minério do riacho e relatório diário com informações sobre a evolução das ações e os resultados obtidos para contenção do minério. Analistas do Instituto continuam no local para avaliar os danos ambientais e a aplicação das sanções administrativas previstas na legislação”, concluiu a nota.

VEJA VÍDEO DA ÁREA ATINGIDA

PROCEDIMENTOS

A empresa explicou que com o fim do vazamento, uma equipe deu início do reparo do duto. Entre os procedimentos, os profissionais fizeram a drenagem da área para possibilitar o acesso e retirada da parte trincada, que foi substituída. Por medida de segurança, uma pequena bacia de contenção foi construída.

A água na cidade de Santo Antônio do Grama foi interrompido. A Anglo American informou que tem disponibilizado água para os moradores por meio de nove caminhões-pipa. O objetivo da empresa, segundo o comunicado divulgado nesta terça-feira (13), é que o objetivo é garantir a retomada, no menor prazo possível, o abastecimento de água para a Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa).

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A Anglo American também informou que, em conjunto com a Copasa, iniciou nesta terça-feira (13) uma obra de uma adutora do ribeirão Salgado, que tem previsão de ser concluída em três dias. Com a medida, Santo Antônio da Grama poderá contar com uma segunda alternativa de captação de água para a cidade.

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