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Morador de Vila Velha morre em praia da Bahia ao tentar salvar filhos

Morador de Vila Velha morre em praia da Bahia ao tentar salvar filhos

Funcionário da Petrobras, Tarso Rodrigues de Sá entrou no mar para salvar os filhos de cinco e oito anos quando após retirá-los foi levado pela correnteza, morrendo afogado

Publicado em 30 de janeiro de 2019 às 17:14

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Morador de Vila Velha morre afogado na Bahia após salvar os filhos . ( Arquivo Pessoal)

O gerente de unidade da Petrobras, Tarso Rodrigues de Sá, de 45 anos, morreu afogado na tarde desta terça-feira (29) ao salvar os dois filhos que estavam no mar de Morro de São Paulo, na Bahia. Tarso, que é carioca e morava há muitos anos na Praia de Itaparica, em Vila Velha, estava com a esposa e os três filhos na ilha a passeio quando aconteceu a fatalidade.

Segundo a irmã de Tarso, Patrícia Novais, ele conseguiu retirar os dois filhos, de cinco e oito anos, que estavam brincando na água após perceber que a maré tinha enchido, no entanto ele não conseguiu se salvar e acabou arrastado pelo correnteza.

"Ele estava com os três filhos, a minha cunhada e mais uma criança passando férias em Morro de São Paulo. Era por volta das 15 horas quando os dois meninos dele estavam no mar e ele percebeu que a maré estava enchendo, então ele entrou no mar para tirar os meninos que estavam sendo arrastados pela correnteza. Tirou primeiro o mais velho e depois pegou o mais novo. Conseguiu salvar os dois, mas ele acabou sendo levado pela correnteza e desapareceu. Os nativos só o encontraram depois de três horas, já sem vida. Meu irmão morreu para salvar os filhos", contou Patrícia.

O corpo de Tarso ainda está em Morro de São Paulo e deve chegar no Espírito Santo nesta quinta-feira pela manhã, de acordo com a irmã. O velório, que vai acontecer no Cemitério Parque da Paz, Ponta da Fruta, Vila Velha, ainda não tem data e horário confirmado.

"O translado já foi liberado e o corpo chega nesta quinta-feira. Estou vendo sobre o dia do enterro porque precisamos ainda saber qual o prazo máximo que poderemos velar o corpo porque temos família em Minas Gerias e no Rio de Janeiro. Deve acontecer na quinta-feira ou na sexta."

AMAVA O ESPÍRITO SANTO

Apesar de muito abalada, Patrícia quis reforçar o quanto Tarso, que é carioca, mas vive há mais de década no Estado, gostava do Espírito Santo e do Botafogo.

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"Ele era carioca, trabalhava em uma plataforma da Petrobras no Rio, mas vivia aqui no Estado há uns 20 anos. Os três filhos dele são capixabas. Ele amava muito o Espírito Santo e era um botafoguense de coração. Queria que isso ficasse registrado", completou Patrícia. 

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