O gerente de unidade da Petrobras, Tarso Rodrigues de Sá, de 45 anos, morreu afogado na tarde desta terça-feira (29) ao salvar os dois filhos que estavam no mar de Morro de São Paulo, na Bahia. Tarso, que é carioca e morava há muitos anos na Praia de Itaparica, em Vila Velha, estava com a esposa e os três filhos na ilha a passeio quando aconteceu a fatalidade.
Segundo a irmã de Tarso, Patrícia Novais, ele conseguiu retirar os dois filhos, de cinco e oito anos, que estavam brincando na água após perceber que a maré tinha enchido, no entanto ele não conseguiu se salvar e acabou arrastado pelo correnteza.
"Ele estava com os três filhos, a minha cunhada e mais uma criança passando férias em Morro de São Paulo. Era por volta das 15 horas quando os dois meninos dele estavam no mar e ele percebeu que a maré estava enchendo, então ele entrou no mar para tirar os meninos que estavam sendo arrastados pela correnteza. Tirou primeiro o mais velho e depois pegou o mais novo. Conseguiu salvar os dois, mas ele acabou sendo levado pela correnteza e desapareceu. Os nativos só o encontraram depois de três horas, já sem vida. Meu irmão morreu para salvar os filhos", contou Patrícia.
O corpo de Tarso ainda está em Morro de São Paulo e deve chegar no Espírito Santo nesta quinta-feira pela manhã, de acordo com a irmã. O velório, que vai acontecer no Cemitério Parque da Paz, Ponta da Fruta, Vila Velha, ainda não tem data e horário confirmado.
"O translado já foi liberado e o corpo chega nesta quinta-feira. Estou vendo sobre o dia do enterro porque precisamos ainda saber qual o prazo máximo que poderemos velar o corpo porque temos família em Minas Gerias e no Rio de Janeiro. Deve acontecer na quinta-feira ou na sexta."
AMAVA O ESPÍRITO SANTO
Apesar de muito abalada, Patrícia quis reforçar o quanto Tarso, que é carioca, mas vive há mais de década no Estado, gostava do Espírito Santo e do Botafogo.
"Ele era carioca, trabalhava em uma plataforma da Petrobras no Rio, mas vivia aqui no Estado há uns 20 anos. Os três filhos dele são capixabas. Ele amava muito o Espírito Santo e era um botafoguense de coração. Queria que isso ficasse registrado", completou Patrícia.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta