Dezoito dias após o rompimento da barragem da Mina Córrego do Feijão, em Brumadinho-MG, a família do capixaba Uberlândio Antônio da Silva, 54 anos, ainda segue sem notícias do mecânico de empilhadeira da Vale. Ele é uma das 160 pessoas que continuam desaparecidas após a tragédia.
A enteada de Uberlândio, Rayane Rodrigues, disse que sua mãe, Rosemar Pinheiro, continua em estado de choque pelo desaparecimento do marido, e que agora, depois deste tempo todo sem notícias, aguarda que pelo menos o corpo possa ser encontrado.
"Minha mãe está desesperada, muito mal. A nossa esperança agora é de de possam achar o corpo, ou parte do corpo dele para que possamos enterrá-lo. Sabemos que está cada vez mais difícil encontrar o corpo de alguém, que o que estão achando são pedaços de corpos. Aguardamos pelo menos por uma parte dele", lamenta Rayane.
Uberlândio, que estava no refeitório da empresa no momento do rompimento da barragem, prestava serviço para a Vale e tinha costume de fazer muitas viagens a trabalho, em diferentes unidades da mineradora. No entanto, não era comum ele ir ao Córrego do Café, em Brumadinho.
Rayane conta que a família chegou a ir a Minas Gerais, mas por conta do sofrimento da sua mãe, os familiares não chegaram à cidade.
"Chegamos próximos à barragem, mas não fomos em Brumadinho porque minha mãe estava passando mal, muito angustiada. Depois disso não voltamos lá. Estamos esperando notícias aqui do Espírito Santo mesmo. Mas por enquanto seguimos sem novidades", acrescenta a enteada.
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