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Força-tarefa monitora 150 crianças e vizinhança de creche em Vila Velha

Força-tarefa monitora 150 crianças e vizinhança de creche em Vila Velha

Prefeitura montou sala 24h para acompanhar informações

Publicado em 29 de março de 2019 às 02:02

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Hospital onde é atendida uma das crianças vítimas do surto de infecção. Ela é a quarta a ser internada. (FERNANDO MADEIRA)

Uma força-tarefa formada por profissionais da Secretaria de Saúde de Vila Velha e da Secretaria de Estado da Saúde monitora todas as 150 crianças que frequentavam a creche onde ocorreu um surto e infecção, na Praia da Costa, em Vila Velha. Além disso, analisa a vizinhança da instituição para ver se há algum tipo de interferência externa no ambiente.

“Todas as crianças estão sendo monitoradas. As nossas equipes estão fazendo ligações para se manter em contato com os pais, perguntamos se houve algum sintoma, se o filho ou filha apresentou diarreia”, afirmou a gerente de Vigilância Epidemiológica do município, Giovana Ramalho. Ontem, uma criança foi internada no Vitória Apart Hospital, na Serra. Já são quatro que foram hopitalizadas, sendo que um menino morreu.

Segundo Giovana, o contato com os pais dos alunos que não apresentaram sintomas começou logo após a notificação, no último dia 22, mas se intensificou depois que foi montada na secretaria uma sala de situação (local onde se concentram informações do caso).

Apenas os seis alunos que apresentaram sintomas estão passando por exames. Aos pais das demais crianças é dada a orientação de procurar a o município se aparecer qualquer sinal que indique infecção, como diarreia, febre, vômitos e desanimo. Eles também são orientados a procurar um serviço de saúde.

SALA DE SITUAÇÃO

Segundo a subsecretária de Assistência à Saúde de Vila Velha, Stella Dias, a sala de situação vai concentrar esforços e informações sobre o trabalho de investigação que está sendo realizado. “É um ambiente onde se fica discutindo e investigando o tempo todo, 24 horas. Qualquer informação tem que ir para ali. O único objetivo de todas as vigilâncias (sanitária, epidemiológica e ambiental) é trabalhar com esse problema. Nós temos médicos que vão analisar os prontuários, engenheiro ambiental para analisar a condição da água, a bióloga para fazer essa análise em conjunto. Não tem nada perdido”, explicou.

Desde o início das investigações, foram coletados materiais como água e alimentos nos locais de onde pode ter se originado o agente da infecção – a creche que todas as seis crianças que apresentaram os sintomas frequentam e o quiosque em Itaparica onde duas delas foram lanchar antes do início do surto.

CRECHE

Ontem, as equipes da prefeitura se concentraram em analisar mais profundamente as dependências e o entorno da creche. Dentro do estabelecimento, foram coletadas amostras da areia do parquinho, da água de um pequeno chafariz e até da água que chega da Cesan para a escola. Já haviam sido feitas coletas da água do bebedouro e das pias onde são lavados os copos utilizados pelas crianças.

Também está sendo feito um mapeamento do entorno da creche. “Vemos que tipo de vizinho a creche tem, se são residências, se há ponto de descarte, de fabricação de algo. Vamos por eliminação para entender se pode ter algum tipo de interferência externa naquele local”, explica a gerente da Vigilância Sanitária, Flávia Costa.

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Além disso, materiais biológicos das crianças também foram solicitados aos hospitais e encaminhados ao Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen). O resultado deve sair hoje.

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