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Bombeiros usam cães farejadores durante buscas a piloto e amigo

Bombeiros usam cães farejadores durante buscas a piloto e amigo

Para auxiliar nas busca do piloto Mayke Stefanelli Barcelos e pelo empresário Douglas Siqueira Lana, o trabalho agora conta com os cães farejadores do Corpo de Bombeiros. Áreas da Reserva Natural da Vale são investigadas para delimitar o local onde a asa-delta motorizada pode ter caído

Publicado em 25 de setembro de 2018 às 16:17

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Corpo de Bombeiros realiza buscas em localidade do interior de Sooretama. (Loreta Fagionato)

No quarto dia de buscas pelo piloto Mayke Stefanelli Barcelos e pelo empresário Douglas Siqueira Lana, que desapareceram na última sexta-feira (21) durante um voo de asa-delta motorizada que saiu de Linhares e seguia para Mucuri, na Bahia, o Corpo de Bombeiros começou a usar um novo recurso: os cães farejadores.

Os bombeiros tentam delimitar o local onde a aeronave pode ter caído com a informação de que o piloto e o empresário teriam mudado de rota no meio do caminho quando passavam ao norte pela Reserva Natural da Vale, entre Linhares e Sooretama. Eles teriam retornado e seguido pelo sudeste com destino ao local de onde decolaram, em uma pista no bairro Jardim Laguna. Com o possível local mais definido, as equipes do Núcleo de Operações e Transporte Aéreo (NOTAer), da Polícia Ambiental, bombeiros com cães farejadores e também pilotos amigos de Mayke realizam as buscas pela terra e pelo ar.

O tenente-coronel Ferrari, do Corpo de Bombeiros, organiza as buscas pelos desaparecidos diretamente do Aeroporto de Linhares. De acordo com ele, são realizados dois trabalhos, um de investigação e um de buscas, que são paralelos e complementares.

“A investigação restringe a área de buscas. Temos equipes em campo de militares e de civis voando com paramotor, além do NOTAer, para fazer buscas conforme uma hipótese das investigações que a gente já fez, com dados das torres de telefonia que nos apontaram uma possibilidade de que a aeronave poderia ter tentado voltar de onde decolou. As equipes que saíram a campo em direção a Sooretama estão investigando outros relatos para nos dar outra hipótese de rota que foi seguida. Essa investigação confirma ou descarta relatos e a gente consegue traçar e fazer as buscas em cima dessas hipóteses”, explicou.

Ferrari afirmou que estão delimitando essa nova hipótese com o auxílio dos dados de torres de telefonia. “A torre registra o telefone do Mayke ao norte da torre às 6h16 (de sexta-feira). Às 7h01, ao sudeste da torre, registra o telefone do Douglas. Então isso dá a hipótese que eles tentaram voltar”, destacou.

 

Além disso, os relatos de moradores da região ajudam a definir onde a asa-delta motorizada possa ter caído. Buscas foram realizadas em Córrego Farias, localidade do interior de Linhares, após uma pessoa dizer que viu a asa de uma aeronave entrar em uma área de mata. Agora, as buscas estão mais concentradas na região da Reserva Natural da Vale, em Sooretama. “Nós estamos procurando casas na mesma rota para saber até onde se viu ou se ouviu essa aeronave seguindo próximo à BR 101 sentido Norte”, informou o tenente-coronel.

INVESTIGAÇÕES

A equipe de reportagem do Gazeta Online acompanhou o trabalho do Corpo de Bombeiros em uma localidade do interior de Sooretama, ao redor da reserva, na manhã desta terça-feira (25). Os militares conversaram com moradores da região para investigar por onde Mayke e Douglas sobrevoaram antes de desaparecer. Como as informações não foram conclusivas, não foi necessário soltar os cães farejadores para realizarem buscas no local. Durante esta tarde, os bombeiros continuam as buscas e devem levar os cães para auxiliar nos trabalhos.

BUSCAS

Jânio Barcelos, pai do piloto Mayke. (Loreta Fagionato)

Amigos e familiares de Mayke e Douglas ficam no Aeroporto de Linhares não apenas para acompanhar as buscas, mas também para ajudar no trabalho. O pai de Mayke, Jânio Barcelos, também pilota e contou que já sobrevoou a reserva em busca do filho.

“Já são quatro dias sem notícias. Já voei por umas quatro horas e nada. Venho todo dia ajudar nas buscas. Voar é nosso hobby e ajudou na união da família. Perdi minha esposa há sete anos em um acidente de moto, foi muito triste para todos nós. Comecei a pilotar e o Mayke foi o primeiro a criticar, mas depois tomou gosto por voar e se tornou piloto também. Isso nos uniu muito. Ele é um piloto experiente e um homem forte, guerreiro. Tenho certeza que ele está em algum lugar de mata muito fechado e não conseguiu sair sozinho, mas estamos em busca dele e vamos encontrá-lo”, afirmou Jânio.

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