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Bandidos atiram em comerciante e ainda exigem cigarros em Cariacica

Bandidos atiram em comerciante e ainda exigem cigarros em Cariacica

Dono de bar foi atingido no ombro e, mesmo ferido, foi obrigado a entregar maços de cigarros para os assaltantes. Crime aconteceu no bairro Itapemirim, Cariacica

Publicado em 18 de janeiro de 2019 às 00:14

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Mulher fala como foi o assalto em comércio no bairro Itapemirim, em Cariacica. (Bernardo Coutinho )

Um comerciante, de 60 anos, foi baleado durante um assalto ao bar dele no bairro Itapemirim, em Cariacica, na noite desta quarta-feira (16). Um tiro acertou o ombro do idoso e mesmo ferido, os criminosos exigiram que ele entregasse maços de cigarro. E esse não foi o único crime ocorrido na região em menos de 24 horas. Na manhã de ontem, uma professora foi assaltada em um bairro próximo, quando seguia para o trabalho.

O bar do comerciante fica na mesma rua onde mora um vendedor baleado na mão, em um assalto ocorrido no último dia 11, no bairro Maracanã, onde uma cuidadora de idosos também ficou ferida durante o crime. Moradores reclamam da insegurança no local.

Era por volta das 21 horas e o comerciante se preparava para fechar o bar. Apenas dois clientes estavam no local quando dois homens, em uma motocicleta vermelha, chegaram ao local surpreendendo as vítimas. O carona desceu do veículo já atirando, segundo contou a vítima à família.

Segundo a filha do comerciante, uma técnica de radiologia de 26 anos, o pai estava atrás do balcão conversando com os clientes quando uma moto passou, depois voltou e estacionou na porta do bar. “Meu pai disse que eles atiraram e já anunciaram o assalto. Ele não teve nem tempo de correr ou se esconder”.

Depois de balear o comerciante, os bandidos roubaram os celulares dos dois clientes. Antes de saírem, ainda exigiram que o dono do bar entregasse alguns maços de cigarro. Após o assalto, os bandidos fugiram do local em alta velocidade.

A vítima foi socorrida pelo genro, que estava na casa do comerciante - localizada na parte de trás do bar - e o levou para o Hospital São Lucas, em Vitória, onde ele continua internado.

Cuidados

A esposa do comerciante contou que geralmente trabalha no bar, pela parte da manhã, com a grade fechada para evitar que esses crimes aconteçam, mas que o marido, que fica à noite, costuma deixar a grade aberta até às 21 horas.

A família toma esses cuidados justamente para evitar assaltos. Porém, esse é o segundo assalto ocorrido no local em apenas cinco meses. No último, um bandido também entrou no bar para roubar e como a porta que dá acesso à casa deles estava aberta, o suspeito chegou a invadir a residência.No dia, o criminoso roubou um celular, dinheiro e documentos dos moradores. 

Professora também foi rendida 

E menos de 24 horas após bandidos atirarem no comerciante de 60 anos, na noite de quarta-feira, em Itapemirim, Cariacica, uma professora também foi vítima de assalto. Porém, no bairro vizinho, Maracanã. Por sorte, ela não ficou ferida. Moradores afirmam que o crime foi cometido pelos mesmos criminosos.

Vizinho da professora, um aposentado de 62 anos, estava na rua no momento do crime e testemunhou toda a ação. Ele contou que a vítima seguia para o ponto de ônibus, que fica no final da Rua 4, quando por volta das 7h40, foi rendida pelos bandidos.

De acordo com ele, os suspeitos estavam em uma moto vermelha. O carona apontou a arma para a professora e puxou a bolsa dela. A vítima teve o celular e o material de trabalho levados pelos assaltantes.

“Eles estavam vestidos com roupas que pareciam ser uniformes de uma empresa, de cor cinza. Pelas características são os mesmos que vem agindo aqui na região. Todo dia a gente ouve relato de um morador assaltado. Semana passada tentaram roubar minha filha quando ela ia para a faculdade, bem no início da manhã. Precisamos da polícia aqui, não dá para ficar deste jeito”, reclamou.

Mulher fala como foi o assalto em comércio no bairro Itapemirim, em Cariacica. (Bernardo Coutinho )

Outra moradora, que preferiu não se identificar, contou que já teve a casa invadida por bandidos. “Estão arrombando as casas também. No final do ano, estava fora com a minha família e quando voltei, vi minha casa arrombada e toda revirada. Levaram alguns eletrodomésticos. Acredito que só não roubaram mais nada porque não conseguiram”, diz.

POLICIAMENTO

Procurada, a Polícia Militar reforçou que ambos os bairros contam com patrulhamento preventivo dia e noite, além de constantes operações elaboradas conforme apontamento feito pelas comunidades e levantamento do mapa do crime. No entanto, cabe ressaltar que a eficácia na segurança pública exige a participação simultânea de diversos outros atores envolvidos na questão.

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A PM lembra ainda que, naquilo que lhe compete constitucionalmente, só pode efetuar detenções de pessoas situação de flagrante delito. Portanto, é fundamental a participação da comunidade na denúncia de delitos em andamento, através do Ciodes (190), para que uma equipe de policiais seja encaminhada ao local.

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