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Rose de Freitas anuncia que é pré-candidata ao governo do ES

Rose de Freitas anuncia que é pré-candidata ao governo do ES

A senadora, que é do partido do governador Paulo Hartung, vinha dando indícios, desde o último ano, de que tem o interesse em entrar na disputa

Publicado em 15 de fevereiro de 2018 às 00:19

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Senadora Rose de Freitas (PMDB) organizou o evento para receber o ministro do Planejamento no canteiro da obra do novo aeroporto. (Carlos Alberto Silva)

Após meses ensaiando lançar o nome como pré-candidata ao governo do Estado, a senadora Rose de Freitas (PMDB) anunciou, nesta quarta-feira (14), que está decidida a disputar.

Ela, que desde outubro do ano passado já havia afirmado que está disposta a concorrer, mesmo que para isso precise disputar a legenda em convenção com o governador Paulo Hartung (PMDB), afirmou que decidiu externar sua decisão pois já estava sendo cobrada por aliados e apoiadores.

- A senhora admite que irá se candidatar ao governo do Estado?

Já havia dito que este era um assunto para decidir coletivamente. Que eu iria ouvir todo mundo e refletir sobre o assunto. Foi isso que fiz, refleti. Ainda não comuniquei oficialmente ninguém, ainda tenho várias reuniões, mas me perguntaram se eu tinha decidido e eu disse que tinha. Na verdade, isso tinha até 7 de abril para ser feito, que vai ser quando, no cenário político, vamos conhecer o destino que cada pessoa pretende tomar. Mas eu já ouvi todo mundo, de norte a sul, e estava sendo demandada em mais reuniões do que eu estava em condições de fazer, pois tenho meu trabalho em Brasília. Contudo, vi que alguns pré-candidatos estão com mais tempo, a agenda mais livre, andando o Estado, e fui cobrada, tive que tomar uma decisão. Decidi aceitar esse desafio, com essas condições.

- O governador Paulo Hartung, que é do seu partido, pode disputar a reeleição. Além disso, a senhora se aproximou politicamente do ex-governador Renato Casagrande (PSB), que também é pré-candidato. Como trabalhar com isso?

O governador está com esta tendência a disputar a reeleição, ou a vice-presidência, ou o Senado, é do livre-arbítrio dele e vai se expressar no momento oportuno. Estivemos juntos no mesmo palanque na última eleição, nós o apoiamos. E quanto ao governador Casagrande, a gente tem manifestado várias vezes que gostaríamos de caminhar juntos, com a mesma proposta em relação ao Estado. Ele tem tido muito tempo disponível para se reunir, tanto que ele já andou o Estado duas vezes, e meus companheiros, eleitores e segmentos, têm falado que se eu não me colocasse, eles se sentiriam muito indecisos.

Não sou a autora da proposta da disputa pelo governo. Apenas estou recepcionando um sentimento das pessoas que gostariam que tivesse mais alternativas para a eleição de governador. E seria uma omissão da minha parte ouvir isso nessas reuniões e encontros, e não ficar preocupada em colocar propostas alternativas para o governo do Estado. Tenho um compromisso social e de desenvolvimento muito grande para o Espírito Santo, para o qual eu trabalho diuturnamente, sistematicamente ao longo dos últimos 30 anos da minha vida. A partir de amanhã outras reuniões vão acontecer, mas com a limitação de tempo que tenho, porque tenho inúmeros projetos a serem votados em Brasília, outras programações envolvendo investimentos aqui para o Estado, de primeira grandeza, e as demandas dos municípios.

O governo federal está numa luta querendo cortar, contingenciar, e nós vamos lutando para que isso não aconteça, para não prejudicar as políticas municipais. É muito difícil poder hoje estar caminhando pelo estado para discutir, para ouvir todos que eu preciso ouvir. Mas a minha disposição é esta eu já confirmei a todos. Senti que houve um alívio das pessoas, em saber que eu não ia mais procrastinar essa resposta. Então a resposta está dada: aceito, e vou me preparar para isso.

- Qual é o peso do governador que, mesmo se não tentar a reeleição, pode tentar cacifar aliados, como César Colnago (PSDB)? Isso não pode ser um ponto negativo?

Eu estou discutindo uma candidatura, que foi provocada por vários setores da sociedade, várias lideranças, e vocês só insistem em falar sobre o que o Paulo Hartung vai fazer. A minha disposição é discutir uma candidatura dentro do meu partido, e também fora dele, para construir as alianças necessárias. O destino que cada um vai tomar cabe a cada um. E o quadro que cada um vai estar inserido, com esse ou aquele aliado, cabe a cada um dirimir suas dúvidas, na hora oportuna. Se for necessário ir à convenção, vou à convenção, senão, enquanto isso também continuaremos conversando com outros partidos, candidatos.

- Inicialmente então a senhora descarta deixar o PMDB?

Não é inicialmente, não. Eu não pretendo sair do PMDB. Pretendo ser candidata pelo partido.

- A senhora então não cogita mais ser ministra do governo Temer?

Já descartei isso. Não teria lógica, sendo que a data de descompatibilização é em abril. A prioridade absoluta hoje é ajudar o Estado naquilo que for possível, coesionar as forças que forem possíveis para construir uma proposta nova.

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