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Magno Malta está 'magoado e machucado' com falta de convite de Bolsonaro

Magno Malta está "magoado e machucado" com falta de convite de Bolsonaro

Senador capixaba está insatisfeito por ainda não ter sido convocado para o ministério do presidente eleito, segundo a Coluna do Estadão

Publicado em 29 de novembro de 2018 às 15:02

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O senador Magno Malta (PR-ES) está "magoado e machucado" por ainda não ter sido indicado pelo presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL)  para compor o primeiro escalão do próximo governo, segundo revelou a Coluna do Estadão, publicada pelo jornal "O Estado de S. Paulo" nesta quinta-feira (29).

O senador Magno Malta (PR-ES) em pronunciamento no plenário do Senado. (Jefferson Rudy | Agência Senado)

A indicação de Osmar Terra (MDB-RS), deputado federal e ex-ministro do governo Temer, para o Ministério da Cidadania deixou Magno, que era cotado para o cargo, mais distante do ministério de Bolsonaro.

De acordo com a Coluna do Estadão, a escolha de Osmar Terra para o Ministério da Cidadania irritou a bancada evangélica. O pastor Silas Malafaia foi um dos que saíram em defesa de Magno. "Quem é Osmar Terra comparado ao Magno Malta?", questionou o pastor Silas Malafaia, que disse manter apoio "intransigente" a Bolsonaro, porém com liberdade para críticas.

Este foi o segundo episódio que causou mal-estar com a bancada evangélica. O primeiro foi quando o governo Bolsonaro indicou Ricardo Vélez Rodríguez para a Educação sem aguardar uma sugestão dos evangélicos.

Além de Magno, há outros "abandonados" por Bolsonaro, segundo apurou a Coluna do Estadão. São eles, os deputados Fernando Francischini, Alberto Fraga (ambos da bancada da bala) e Pauderney Avelino. Os amigos brincam que eles entrarão na segunda fase.

A coluna informa que Magno Malta jogou a toalha na noite desta segunda-feira (26), quando deixou Brasília dizendo-se "magoado e machucado" para se isolar num sítio. Reclamava de estar entre os últimos a serem convocados. "Vou receber a marmita?", questionou.

Magno acusa os filhos de Bolsonaro e o general Hamilton Mourão, vice-presidente eleito, pelo veto ao seu nome, de acordo com a coluna.

Nesta quarta-feira (28), em uma nota enviada à reportagem do Gazeta Online por sua assessoria de imprensa, o senador capixaba contemporizou: "Quem escolhe ministério é o presidente, que tem meu apoio. Desejo boa sorte para o ministro Osmar Terra e para o novo governo".

E emendou: "Eu tenho certeza que participei de uma luta grandiosa para libertar o Brasil do viés ideológico. Meu ideal era mudar a política no país e foi a vitória mais importante."

"Viés ideológico" é um termo curioso utilizado por Magno que, num passado não muito distante, esteve ao lado dos ex-presidentes Lula e Dilma Rousseff (PT).

Em agosto, ainda antes, portanto, das eleições deste ano, o republicano disse à coluna Vitor Vogas que poderia ser ministro da Defesa, das Relações Exteriores ou da Segurança Pública num eventual governo Bolsonaro. As três cadeiras já têm nomes anunciados pelo presidente eleito. Isso depois de o senador ter sido cotado para ser vice-presidente na chapa e declinado do convite.

Ainda na pré-campanha, Magno Malta era tratado como "vice dos sonhos" por Bolsonaro. Candidato por um partido nanico, sem tempo de TV e sem apoio de partidos, o agora presidente eleito era considerado um investimento de risco. Malta não apenas recusou compor a chapa de Bolsonaro como divulgou sua decisão a evangélicos antes mesmo de avisar o presidente eleito.

Abertas as urnas, Bolsonaro saiu eleito e Malta derrotado. Segundo aliados do presidente eleito, o senador passou então a cobrar ostensivamente um lugar na equipe, como se tivesse alguma fatura a ser cobrada de Bolsonaro.

Após a eleição, no início deste mês, Magno chegou a afirmar ao jornal "O Globo" que seria ministro. "Ele (Bolsonaro) vai anunciar", garantiu.

CIDADANIA

O Ministério da Cidadania e Ação Social, a ser criado, deve englobar Ministérios do Esporte, da Cultura e do Desenvolvimento Social e seria uma possibilidade para Magno Malta ou para um indicado pela bancada evangélica, que chegou a elaborar uma espécie de "lista tríplice", integrada por Marco Feliciano (Podemos-SP). Mas o posto acabou mesmo com Osmar Terra, ex-ministro de Desenvolvimento Social do governo Temer.

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Outro aliado de Bolsonaro no Espírito Santo, o deputado federal Carlos Manato (PSL) foi oficializado nesta quarta-feira (28) no cargo de secretário especial para Câmara Federal do governo de Jair Bolsonaro (PSL). A secretaria é subordinada à Casa Civil.

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