O corpo de ex-governador do Espírito Santo Gerson Camata foi enterrado na tarde desta quinta-feira (27), no Cemitério Jardim da Paz, na Serra. Camata foi morto a tiros na tarde de quarta-feira (26), em Praia do Canto, Vitória.
O velório de Gerson aconteceu durante a manhã, no Palácio Anchieta. Autoridades, familiares e populares estiveram no local para dar adeus ao ex-governador. Do lado de foram, populares chegaram a fazer fila para entrar no salão.
De acordo com o secretário da Casa Militar, Daltro Ferrari, pelo menos cinco mil pessoas passaram pelo velório. O Governo do Estado disponibilizou ônibus para quem quisesse acompanhar o enterro.
O vigilante Valterino Ferreira, que mora em Maruípe, foi ao velório do ex-governador. "Foi um dos melhores governadores do Estado. Precisamos de políticos como ele. Ele não merecia esse fim", disse emocionado.
Autoridades como os ex-governadores Max Mauro, Vitor Buaiz, o próprio governador, Paulo Hartung, e o governador eleito, Renato Casagrande estiveram no local. Prefeitos e deputados também compareceram ao Palácio. Carlos Gratz, que esteve no velório, disse que estava duplamente surpreso com a morte de Gerson.
O prefeito de Vitória Luciano Rezende elogiou a conduta do ex-governador. "Foi um dos políticos mais importantes do século XX e tem um legado enorme de realizações. Sem dúvida nenhuma, ele fez uma escola de gestual, de movimentação política, de simbologia na política, relacionada à simplicidade e ao diálogo".
Quem esteve também no local para dar adeus a Camata foi o administrador apostólico da Arquidiocese de Vitória, Dom Luiz Mancilha Vilela. "Não é só a família que sofre. É o povo capixaba que sofre, porque foi um político de renome que prestou um grande serviço ao Espírito Santo", disse.
Para o vice-governador, César Colnago, Gerson deixa um grande legado. "O governo dele foi um governo com muitos investimentos no interior. Foi um grande líder. É uma perda trágica. Ele é uma pessoa do bem, leve. Nunca imaginaria que alguém pudesse cometer essa violência contra ele".
O presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), João Otávio de Noronha, também compareceu ao sepultamento para se despedir do ex-governador. "Era (Camata) um homem com capacidade de aproximação, que agrega sempre. A família perde e a comunidade capixaba perde", disse.
O sobrinho do ex-governador, o policial Edmar Camata falou em nome da família. "É um exemplo pra todos nós. Tenho certeza que falo em nome de todos aqui neste momento de pesar".
CORTEJO E ENTERRO
Às 14h47, o corpo do ex-governador saiu do Palácio, sob aplausos e seguiu em cortejo fúnebre no caminhão do Corpo de Bombeiros, pelas avenidas Beira Mar, Dante Michelini, Adalberto Simão Nader, BR 101 e Avenida Civit, na Serra. Rita Camata, esposa do ex-governador, foi amparada por amigos e familiares.
No cemitério, na Serra, por volta das 15h50, populares esperavam pela chegada do cortejo. Além dos carros e motos de policias e guardas municipais, um helicóptero da Polícia Militar também acompanhou o cortejo.
O sacerdote Dom Geraldo Lyrio Rocha, arcebispo emérito de Mariana, em Minas Gerais, e ex-presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) fez as últimas orações antes do sepultamento do corpo de Gerson Camata. "Convivemos no Seminário Nossa Senhora da Penha ainda na década de 1950", contou.
Com a chegada do cortejo, Rita e Hartung se emocionaram. Chorando, o governador entregou as bandeiras do Espírito Santo e do Brasil para a viúva. Com toque de silêncio realizado pela Polícia Militar, o corpo de Gerson Camata foi sepultado às 16h21. Uma multidão participou da cerimônia.
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