Dos quatro prefeitos que não devolveram os recursos de convênios dentro do prazo ao governo estadual, Guerino Zanon (MDB), que é chefe do Executivo de Linhares e presidente da Associação dos Municípios do Espírito Santo (Amunes), é o único que afirma que não devolverá o dinheiro.
Por meio de nota, Guerino afirma que o decreto baixado pelo governador Renato Casagrande (PSB), que susta os convênios não tem "qualquer justificativa razoável, se baseando em ilações infundadas e em suposições juridicamente insustentáveis". O prefeito garante que buscará meios legais para dar seguimento aos convênios firmados entre Linhares e o Estado.
"Problema de caixa não existe. Até porque dos R$ 240 milhões anunciados como o valor total dos convênios pelo secretário de Governo Tyago Hoffmann, o governo anterior deixou entre pagamentos já efetuados e recursos em caixa o valor de R$ 210 milhões, recursos estes arrecadados em 2018; deixando para a atual gestão estadual apenas R$ 30 milhões para serem quitados em 2020", destacou.
Já o prefeito da Serra, Audifax Barcelos (Rede), não deixou claro se pretende ou não devolver o dinheiro. Ele está em Brasília e, por meio de nota, informou que sempre esteve e está aberto ao diálogo. "Acredita no bom senso do governo do Estado, pois o convênio trata, principalmente, de equipamento da saúde para inaugurar a UPA de Castelândia e o Hospital Materno Infantil, totalizando R$ 10 milhões, com licitação já realizada e material sendo entregue", disse a prefeitura.
Por outro lado, os prefeitos de Fundão, Pretinho Nunes (PDT), e de Castelo, Luiz Carlos Piassi (MDB), pretendem acertar as contas com o governo. Segundo Piassi, o dinheiro não foi devolvido por preocupação, já que ele seria utilizado para custear a iluminação do estádio municipal do Castelo Futebol Clube. O campeonato estadual começa no dia 7 de fevereiro. Segundo ele, uma equipe da prefeitura entrará em contato com a Secretaria de Governo para resolver a situação: "Temos interesse em fazer a coisa do jeito que tem que ser feita".
Pretinho Nunes explica que o dinheiro é fruto de emendas parlamentares e que não sabia se deveria ou não ser devolvido. O valor seria usado para comprar três veículos para a unidade básica de saúde da cidade: "Eu estava precisando do dinheiro, mas se tiver que devolver, vou devolver".
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