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Quase 7 meses depois, recuperação do asfalto de Vitória não sai do papel

Quase 7 meses depois, recuperação do asfalto de Vitória não sai do papel

A prefeitura de Vitória anunciou que R$ 78 milhões serão investidos nas vias, mas até agora motoristas e passageiros seguem sacudindo dentro dos veículos

Publicado em 10 de outubro de 2018 às 10:43

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Avenida Marechal Campos, em Vitória . (Kaique Dias)

Quem precisa passar todos os dias pelas ruas e avenidas de Vitória sabe do sofrimento diário, seja dirigindo, ou como passageiro, por causa das condições atuais do asfalto da Capital, longe de ser o ideal. Falta nivelamento, há bueiros mais baixos que as ruas, e buracos - que aparecem mais principalmente quando cai alguma chuva. Esses e vários outros problemas são apontados pelos motoristas.

A prefeitura reconhece isso e inclusive já anunciou em março que cerca de R$ 78 milhões serão investidos nas vias de Vitória para recuperação do asfalto. Serão mais de 50 km recuperados. Só que, até agora, apesar da promessa, na ocasião do anúncio do investimento, de que o dinheiro seria repassado no dia seguinte para início das obras, elas ainda não começaram, tudo por causa de estudos que estão acontecendo, segundo informou a administração municipal.

Os problemas maiores estão nas vias mais importantes e movimentadas, como as Avenidas Fernando Ferrari, César Hilal, Vitória, Desembargador Santos Neves e  Reta da Penha. Em todas elas há desníveis. Com uma câmera portátil na lateral do carro, sendo possível ver a roda do veículo, dá pra perceber como a suspensão do veículo é atingida, independente da velocidade. Assista ao vídeo abaixo:

Na primeira faixa da Reta da Penha, à direita, nos dois sentidos das vias é possível ver melhor como está a situação do asfalto. Isso porque nessas faixas onde os ônibus passam o peso dos coletivos acaba afetando mais as vias e várias ondulações se formam - causando também afundamento nesses pontos.

Além disso, com a operação tapa-buracos da prefeitura quando chove, há muitos remendos, que são vistos em toda a pista e também causam desníveis. “É usado asfalto frio, então a chuva bate e tira esse material. A própria borracha vai arrancando o que colocam nos buracos. Tem que reformar tudo e recapear para não ter mais esse problema”, opina o coordenador de contratos Antônio Barros Monteiro, de 49 anos.

PREJUÍZO

A representante comercial Ariane Machado Marques, de 32 anos, percorre Vitória todos os dias com o carro e acredita que pagaria bem menos em manutenção no veículo caso o asfalto não fosse tão ruim. “Mais que tudo encontramos desníveis, porque tenho que ficar alinhando e balanceando o carro direto. E eu gasto mais combustível quando o carro não está alinhado também”, declarou.

Reta da Penha, em Vitória . (Kaique Dias)

Na Avenida Vitória, os problemas aparecem principalmente no trecho entre o Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes) e o cruzamento com a Avenida Marechal Campos. Outro problema que também aparece são rachaduras, que quando cai a chuva forte se transformam em buracos e crateras.

“Eu acho que precisa ser feito um levantamento de todos os pontos e a correção disso o mais rápido para que o motorista pare de sofrer com essa situação”, acredita o jornalista André Barros, de 44 anos.

Nas vias menos movimentadas, como as de dentro do Centro de Vitória, também tem muitos problemas. Em ruas como a Gama Rosa e a Rua 7, por exemplo, os mesmos remendos, buracos e desníveis também aparecem.

Ariane é representante comercial e paga caro com a manutenção do carro por causa do asfalto ruim . (Kaique Dias)

LICITAÇÃO DEVE COMEÇAR EM UM MÊS

Por meio de nota, a Prefeitura de Vitória informou que a empresa contratada para fazer a recuperação do asfalto ainda está finalizando os projetos e estudos de recuperação do asfalto em mais de 50 quilômetros de vias em toda a cidade.

“O processo de licitação para contratar a empresa que vai executar as obras deve ser iniciado em um mês, e o recurso já liberado para a primeira etapa da recuperação da malha viária será de R$ 5,9 milhões”, explicou a administração.

De acordo com a prefeitura, o recurso é proveniente do Financiamento à Infraestrutura e ao Saneamento (Finisa), liberado após contrato assinado pela administração com a Caixa. No final serão R$ 78 milhões, mas a administração não deu um prazo de finalização das obras. A prefeitura também garantiu, ainda em nota, que são realizadas manutenções diárias em todas as vias da cidade.

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